A bola é o detalhe que atrapalha o futebol nacional
Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial... Alô, povão, agora é fé! Futebol é o melhor esporte do mundo porque não tem fórmula mágica e porque, mais do que qualquer outro, dá chance para o acaso, para a sorte e para a imprevisibilidade.
É possível vencer jogando muito bem, ofensivamente e dando show, como se perde da mesma forma; o mesmo vale para a retranca, para o jogo defensivo, calcado mais na marcação e, às vezes, até, na violência... Ganha-se à Barcelona de Guardiola, controlando totalmente a posse de bola e ditando o ritmo do jogo; ganha-se a Leicester, deixando o adversário ficar mais tempo com a bola...
Agora tudo tem limite! Atacar mais ou menos é uma estratégia; optar pelo ataque ou pelo contragolpe, idem... O problema é que no futebol brasileiro estão exagerando! Até a tática do jogar por uma bola aqui virou jogar por nenhuma bola... É triste constatarmos que o (autointitulado) país do futebol, que ganhou cinco vezes a Copa e fez história no planeta bola por causa de sua escola técnica e ofensiva, limita-se à marcação atrás da linha da bola, compactação... E nenhuma inventividade ofensiva! É um escândalo o número de equipes da primeira divisão que baseiam o “ataque” só na bola parada ou num bicão eventual... Gol de falta, de escanteio, de cruzamento são tão válidos quanto qualquer outro, mas é preciso um pingo de respeito à história do futebol brasileiro. Não estamos falando só do lanterna ou vice-lanterna, de quem joga só para não cair .... Com raras exceções, o Grêmio é a maior delas, a ruindade é tanta no Brasil que o jeito mais perto de se vencer o jogo é deixar o rival com a bola. É mais do que o armagedon, é o apocalipse now redux coming soon!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!