Desistir jamais!
Sob o comando de Felipão, 80% dos gols feitos pelo alviverde saem somente na etapa complementar
Com a chegada da nova comissão técnica, liderada por Luiz Felipe Scolari, muita coisa no Palmeiras mudou. Contratações, de fato, não houve, mas o estilo de jogo do treinador foi rapidamente entendido pelos atletas.
A marcação é o setor que o gaúcho mais trabalha em seu elenco, inclusive, não são só os jogadores de origem que defendem, mas todo o time. Tal jogo coletivo deu tão certo que a palavra “desistir” não está no dicionário palmeirense nesta nova gestão.
Desde a chegada de Felipão ao clube palestrino, foram 13 partidas e 15 gols marcados pelo Verdão, 12 deles, no segundo tempo. Ou seja, 80% do total.
Os números são ainda mais relevantes quando mostram que sete tentos foram feitos depois da metade da etapa complementar, como em dois jogos de mata-mata. O primeiro, de Dudu, aos 28min, que garantiu a classificação alviverde contra o Bahia, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
O segundo, marcado por Borja, aos 25min contra o Cerro Porteño, no Paraguai, na vitória por 2 a 0 do time paulista, pelas oitavas de final da Libertadores.
Um dos motivos pelos quais o Palmeiras tem se garantido na etapa final é o rodízio imposto pelo comandante. No Brasileirão, o time considerado “B” é que tem iniciado os duelos. Quando o resultado demora a aparecer, Felipão promove a entrada de titulares para reforçar o setor ofensivo.
Curiosamente, no Allianz Parque, o Palmeiras não balançou a rede na etapa inicial. Em sete jogos, foram sete gols, todos no segundo tempo. Já fora de casa, em seis confrontos, foram oito gols: três no primeiro tempo e cinco no segundo.