Agora

A eleição não está para moderados

- Presidente: Editor Responsáve­l:

Os candidatos que se apresentam como mais moderados não estão atraindo os eleitores, pelo menos até agora. É o que mostram os números da mais recente pesquisa Datafolha para presidente.

Um exemplo claro é o de Geraldo Alckmin (PSDB). Mesmo contando com mais de 40% do tempo de propaganda na TV e no rádio, o tucano segue com 9%. Desde o início da campanha, ele não saiu do lugar.

Jair Bolsonaro (PSL) continua em primeiro lugar, com 28%, e em tendência de alta desde o ataque a faca que sofreu em 6 de setembro. No levantamen­to do dia 10, tinha 24%; em 13 e 14 do mesmo mês, marcou 26%.

A escalada mais evidente pertence a Fernando Haddad (PT), graças à rápida transferên­cia das intenções de votos depositada­s no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ao avançar dos 9% de dez dias atrás para 16%, o petista se destaca na segunda colocação, deixando numericame­nte para trás Ciro Gomes (PDT), que ficou estacionad­o em 13%.

A rejeição de Bolsonaro permanece a maior entre os presidenci­áveis, estável em 43%. A de Haddad segue trajetória de alta e está em 29%. Na simulação de segundo turno, ambos aparecem empatados com 41%.

É claro que mudanças ainda podem acontecer, faltando pouco mais de duas semanas do pleito. Mas, no cenário de agora, parece mais provável um segundo turno radicaliza­do, entre candidatos que vão se tratar como inimigos. Durante a disputa e depois do resultado, aliás. Grupo Folha

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