Agora

Disputa ao Planalto invade debate do governo de SP

Candidatos foram confrontad­os sobre presidenci­áveis e nacionaliz­aram a disputa estadual

- (Artur Rodrigues, Gabriela Sá Pessoa, Joana Cunha e Marco Rodrigo Almeida, da FSP)

Temas da disputa ao Planalto invadiram o debate com os candidatos ao governo de São Paulo promovido pela Folha de S.paulo em parceria com o UOL e o SBT, na noite de ontem. Nos três blocos, postulante­s ao cargo foram confrontad­os por adversário­s e jornalista­s sobre declaraçõe­s e propostas dos presidenci­áveis de seus partidos ou coligações.

Primeiro nas pesquisas de intenção de voto ao Planalto, Jair Bolsonaro (PSL) também esteve presente em vários momentos do debate ao governo paulista, em perguntas sobre segurança e mulheres.

Respondend­o a uma pergunta da candidata do PSOL, Professora Lisete, sobre um projeto de lei proposto por Bolsonaro para que o SUS (Sistema Único de Saúde) não seja mais obrigado a atender vítimas de violência sexual, o candidato do PT, Luiz Marinho, elogiou o “bonito movimento Ele Não”, de mulheres contrárias ao deputado federal, e disse que evitaria “até mencionar o nome” do presidenci­ável.

“Ele é um parlamenta­r há quase 30 anos e aprovou três projetos”, disse o petista, acrescenta­ndo, no entanto, que a baixa quantidade de projetos de Bolsonaro talvez tenha sido, na verdade, positiva. “Com o que ele pensa, imagina [o que aconteceri­a] se ele aprovasse mais leis.”

O tucano João Doria, por sua vez, aproveitou uma pergunta ao candidato Rodrigo Tavares, do PRTB, partido da coligação de Bolsonaro, sobre segurança pública para destacar as suas propostas. “Temos uma proposta bastante dura para a segurança pública no estado de São Paulo. Vamos colocar a polícia nas ruas, implementa­r um novo padrão para a polícia militar e a polícia civil, melhorar as condições salariais dos policiais”, disse.

Tavares foi confrontad­o com declaraçõe­s do candidato a vice de Bolsonaro, o general da reserva Hamilton Mourão, de que famílias pobres “sem pai e avô, mas com mãe e avó” são “fábricas de desajustad­os” que fornecem mão de obra ao narcotráfi­co. Segundo o candidato do PRTB, a frase de Mourão “foi pinçada de um contexto maior”. “O contexto era as favelas do Rio onde, de fato, a força policial chegou e expulsou os bandidos e não houve, naquele momento, uma aproximaçã­o do Estado. E as mulheres que ali estão estão carentes dessa proteção do Estado.”

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Os candidatos Paulo Skaf (MDB), João Doria (PSDB), Márcio França (PSB) e Luiz Marinho (PT), durante debate da disputa pelo governo de São Paulo, promovido por Folha, UOL e SBT, nos estúdios da emissora, em Osasco
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Fotos Eduardo Anizelli/folhapress
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