Comércio deve contratar 72,7 mil temporários
Vendas devem crescer menos no Natal deste ano e contratações devem ser menores do que as de 2017
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) estima que 72,7 mil temporários serão contratados para trabalhar nas vendas deste fim de ano. A queda é de 1,7% na comparação com o ano passado, quando foram criados 73,9 mil postos de temporários. Principal data do comércio, o Natal deverá movimentar R$ 34,4 bilhões.
A crise econômica deverá levar as vendas do varejo a crescerem menos no Natal de 2018 (+2,3%) do que no de 2017 (+3,9%).
Também como reflexo da crise, a temporada de contratações dos funcionários deve se estender mais, até dezembro —repetindo o que ocorreu no Natal de 2015 e no do ano passado.
Os maiores volumes de contratação deverão ocorrer nos ramos de vestuário (47,9 mil vagas) e de hiper e supermercados (11,5 mil). Os dois são os grandes empregadores de mão de obra no varejo, de acordo com a CNC, e representam, juntos, 42% da força de trabalho do setor. Além disso, nos últimos dez anos esses segmentos responderam por 60% das vendas natalinas.
O maior salário de admissão deverá ser pago pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.500), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.431). Esses segmentos, porém, devem responder por apenas 1,5% das vagas totais a serem criadas.
Em média, o valor dos salários de admissão dos temporários deverá ser de R$ 1.230, diz a CNC.
Efetivação
A quantidade de temporários que serão contratados deverá ser menor, de 19,8%. No Natal de 2017, esse índice foi de 23,1%.