Mago no caminho
Em boa fase no Chile, Valdivia tem hoje, pela Libertadores, o esperado reencontro com o antigo clube
No confronto desta noite com o Colo-colo, do Chile, pelas quartas de final da Libertadores, o Palmeiras reencontrará Valdivia, ídolo da história recente do clube e que vive a fase de maior destaque em sua carreira.
O atleta de 34 anos colecionou duas passagens pelo time alviverde: a primeira de 2006 a 2008 e, a segunda, de 2010 a 2015. Neste período, o Mago foi campeão do Paulistão, em 2008, e da Copa do Brasil, em 2012.
Embora tenha feito fãs, o meia ficou marcado também pelas várias vezes em que foi desfalque. Isso não está se repetindo na equipe chilena.
Valdivia voltou ao Colo-colo, clube que o revelou, no meio do ano passado. Da sua estreia até dezembro de 2017, jogou 14 dos 18 jogos da equipe, conduziu-a ao título chileno e foi eleito o melhor jogador do torneio.
Nesta temporada, repete a assiduidade: atuou em 23 dos 30 jogos do Colo-colo.
O Mago encerrou a sua segunda passagem pelo Palmeiras, rumo ao Al Wada, dos Emirados Árabes, em agosto de 2015. O Verdão realizou, até a despedida do camisa 10, 43 partidas naquele ano. O chileno só esteve em campo em dez delas.
A sequência de lesões e problemas físicos, aliados à chegada da Crefisa, que investiu nas contratações de atletas como Dudu, fizeram o meia perder o protagonismo que tinha em outros tempos.
Nos dois anos anteriores à sua saída, Valdivia esteve em campo em menos da metade das partidas (veja ao lado).
Os sete anos do Mago no Palmeiras, porém, não se resumem apenas à má fama de “chinelinho” que ganhou de alguns torcedores. Os títulos, alguns jogos marcantes contra Corinthians e São Paulo —sobretudo no Paulista 2008— e provocações aos rivais trouxeram a idolatria.
O meio-campista é, ao lado do paraguaio Arce, o estrangeiro que mais vestiu a camisa alviverde. Foram 241 apresentações e 41 gols.
Trajetória
Valdivia chegou ao Palestra Itália em 2006, teve a sua primeira grande fase no ano seguinte e foi o maior destaque do título paulista de 2008. Naquele ano, trabalhou com o técnico Vanderlei Luxemburgo, um fã declarado do futebol do chileno.
“É um grande jogador. Ele alia habilidade e técnica. Faz o time jogar, é provocador e não tem medo de ninguém. Se joga perto da área, é perigoso, pois tem facilidade em colocar os companheiros na cara do gol”, falou o treinador, atualmente sem equipe.
Não é raro o Mago publicar nas redes sociais fotos com a camisa palmeirense, além de homenagens ao ex-clube. Essa identificação causa ansiedade tanto na torcida quanto no atleta.
“Todos sabem o carinho que tenho pelo clube. É um jogo muito especial. Estou ansioso pelo dia. É uma equipe forte, difícil de se decifrar e com jogadores em grande fase”, disse.