Fim da linha
Não foi desta vez que a torcida da Portuguesa pôde, enfim, voltar a sorrir após anos e anos de duras derrotas —dentro e fora de campo—, rebaixamentos, descaso, dívidas impagáveis e caixa vazio.
Tudo deu errado para o rubro-verde na rodada de ontem na Copa Paulista. As vitórias do Juventus e do Atibaia levaram as duas equipes à segunda fase e frustraram os planos da Lusa de voltar a disputar o Campeonato Brasileiro, nem mesmo na quarta e última divisão.
É evidente que a eliminação, ainda na fase inicial, veio por causa dos péssimos resultados do time —apenas quatro vitórias em 11 partidas—, fruto da falta de dinheiro e da péssima qualidade técnica do grupo.
O temor é que a quase centenária Portuguesa, três vezes campeã paulista, três vezes detentora da honrosa Fita Azul, duas vezes vencedora do Torneio Rio-são Paulo e celeiro de grandes craques, vire uma equipe ordinária que perambula pelas divisões inferiores do futebol estadual.
É infindável a lista de clubes que conheceram a glória, marcaram época e hoje sofrem para chegar à primeira divisão, seja no Brasil, no México, na Alemanha ou na Inglaterra. Isso, se não fechar de vez as portas, como se aventa no Canindé a cada fracasso no futebol.
É um cenário devastador e sem perspectivas de melhora a curto prazo para um clube que tanto brilhou e que ainda conta com fãs apaixonados.
Enquanto a Lusa lamenta a nova queda e começa a pensar em 2019 —hoje estaria mais para a Série A-3 do que para a elite do Paulista—, outros festejam mais um passo dado rumo à Série D do Brasileiro. Equipes como Ferroviária, XV de Piracicaba, Santo André, São Caetano, Juventus, Ituano e Taubaté seguem na briga e ainda conseguem ver a luz no fim do túnel.