Agora

Fim da linha

- Luís Marcelo Castro

Não foi desta vez que a torcida da Portuguesa pôde, enfim, voltar a sorrir após anos e anos de duras derrotas —dentro e fora de campo—, rebaixamen­tos, descaso, dívidas impagáveis e caixa vazio.

Tudo deu errado para o rubro-verde na rodada de ontem na Copa Paulista. As vitórias do Juventus e do Atibaia levaram as duas equipes à segunda fase e frustraram os planos da Lusa de voltar a disputar o Campeonato Brasileiro, nem mesmo na quarta e última divisão.

É evidente que a eliminação, ainda na fase inicial, veio por causa dos péssimos resultados do time —apenas quatro vitórias em 11 partidas—, fruto da falta de dinheiro e da péssima qualidade técnica do grupo.

O temor é que a quase centenária Portuguesa, três vezes campeã paulista, três vezes detentora da honrosa Fita Azul, duas vezes vencedora do Torneio Rio-são Paulo e celeiro de grandes craques, vire uma equipe ordinária que perambula pelas divisões inferiores do futebol estadual.

É infindável a lista de clubes que conheceram a glória, marcaram época e hoje sofrem para chegar à primeira divisão, seja no Brasil, no México, na Alemanha ou na Inglaterra. Isso, se não fechar de vez as portas, como se aventa no Canindé a cada fracasso no futebol.

É um cenário devastador e sem perspectiv­as de melhora a curto prazo para um clube que tanto brilhou e que ainda conta com fãs apaixonado­s.

Enquanto a Lusa lamenta a nova queda e começa a pensar em 2019 —hoje estaria mais para a Série A-3 do que para a elite do Paulista—, outros festejam mais um passo dado rumo à Série D do Brasileiro. Equipes como Ferroviári­a, XV de Piracicaba, Santo André, São Caetano, Juventus, Ituano e Taubaté seguem na briga e ainda conseguem ver a luz no fim do túnel.

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