Comerciantes reclamam de mais camelôs no Brás
Lojistas da região do largo da Concórdia, no Brás (região central de São Paulo), reclamam que há cerca de três meses vem aumentando o número de camelôs irregulares que ocupam as calçadas e vias do bairro. Os ambulantes são principalmente de países como Nigéria, Senegal, Haiti e Bolívia.
Eles estendem lonas ou tecidos no chão e colocam os produtos, principalmente roupas, aproveitando a vocação comercial da região.
Quando percebem a chegado do “rapa”, recolhem tudo e mudam de lugar. “O fluxo cresceu bastante de uns três meses para cá. As calçadas ficam tão lotadas que os clientes não conseguem mais entrar nas lojas. Estamos tendo muito prejuízo”, afirma Laíssa Santos, gerente de uma loja de lingeries.
A opinião é compartilhada por Lucas Pereira Cardoso, 54 anos, proprietário de uma loja de roupas infantis. “Entendo a situação difícil dos imigrantes, eles precisam se sustentar. Mas estão atrapalhando os comerciantes legais que pagam os impostos corretamente”, ressalta Cardoso. “Praticamente não dá mais para andar em algumas calçadas e ruas”, conta a aposentada Maria Aparecida Ribeiro Simões, 63 anos, que estava com a irmã para comprar o enxoval da neta.
Mais barato
Há também opiniões divergentes. “Pelo menos eles vendem com preços mais baixos. Fica mais fácil para pagar”, diz a cozinheira Beatriz Gonçalves, 36 anos.