Eleição terá 30 mil militares nas ruas
O ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, disse ontem que as Forças Armadas garantirão o resultado das urnas na eleição presidencial deste ano independentemente de quem vencer o pleito.
Segundo ele, cerca de 30 mil homens das Forças Armadas farão a segurança no dia das urnas, o mesmo contingente das eleições de 2014. Ao menos nove estados pediram apoio dos militares para os dias de votação.
Luna e Silva disse que militares do Exército, Marinha e Aeronáutica atuarão para que haja segurança no dia e nos locais de votação em nove estados do país. Depois do resultado apurado, afirmou, o papel das Forças Armadas será o de garantir o funcionamento das instituições dentro da normalidade.
Isso significaria, explicou, seguir à risca o que manda o artigo 142 da Constituição Federal brasileira, que diz que as Forças Armadas destinam-se “à defesa da Pátria, à garantia dos Poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
Não haveria, portanto, segundo o ministro, interesse entre os militares de questionar o resultado das urnas ou dar qualquer tipo de guarida ou legitimidade para movimentos ou candidatos que venham a não reconhecer o que a população decidir no pleito de outubro.
O ministro, que comanda a pasta a quem os militares são subordinados, chegou a dizer que a Constituição Federal é a “bíblia das Forças Armadas”.
“Não há risco nenhum de as Forças Armadas aceitarem ou deixarem de aceitar aquilo que é legal. Nós temos mais é que garantir as instituições funcionando em condições normais.”