Ciro volta às suas origens atrás de ‘algum votinho’
Há dois dias, a professora Luciane Branco, 53 anos, ficou sabendo que o primo Ciro Gomes, candidato pelo PDT à Presidência passaria por Pindamonhangaba (156 km de SP) para um rápido evento de campanha após participar do debate de sexta-feira em Aparecida, a 30 km de distância.
Comprou balões, arrumou a casa que era da avó dos dois —hoje mantida por ela— para receber Ciro e apoiadores. O berço que já foi do presidenciável foi colocado na sala, junto à foto da avó de Ciro, Ismênia. Ao lado, Luciane organizou imagens do candidato e familiares.
Ciro ficou menos de uma hora em Pindamonhangaba, entre uma visita à Basílica de Aparecida e um comício em Brasília. Tomou um café com os familiares na casa e seguiu para a praça central a pé, por um quarteirão, onde um pequeno grupo de apoiadores o esperava.
“Brinquei [na quinta] com o Geraldo Alckmin [PSDB] que estava vindo na cidade dele, ia pregar um elogio aqui a ele para ver se tenho direito a algum votinho também.”
Alckmin e Ciro nasceram na mesma cidade, pelas mãos do mesmo médico, Caio Gomes Figueiredo: o primeiro, em 7 de novembro de 1952, o segundo, em 6 de novembro de 1957.
Ciro evitou atacar o rival na cidade. Disse que a “candidatura do PSDB está enterrada”, mas “não por defeito de Alckmin”, e que seria “muito grosseiro” falar em conquistar os votos de quem já tem seu candidato.