Território hostil
Lutadores brasileiros colocam à prova, no Ibirapuera, o domínio caseiro que eles têm sobre os estrangeiros
Visitar o Brasil para lutar contra os anfitriões pelo UFC não é uma tarefa fácil. Dos 32 eventos realizados no país, os lutadores brasileiros venceram 194 combates contra os forasteiros e perderam 99, totalizando quase o dobro de triunfos.
Hoje, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a partir das 19h45, mais um episódio deste território hostil será contado com a luta principal sendo protagonizada pelo dono da casa Thiago Marreta e o americano Eryk Anders (veja todas as lutas ao lado).
Esta vai ser a primeira vez que Marreta fará uma luta principal pela organização. Também será sua primeira experiência lutando na categoria de peso meio-pesado.
“Estou feliz pela oportunidade. É uma responsabilidade lutar aqui dentro do meu país. Quero fazer um bom trabalho e trazer a vitória para o Brasil”, destacou o carioca, que costuma lutar nos médios, sobre o evento.
Ele também fez uma previsão de como espera acabar com o combate de hoje.
“Não vejo outra forma de vencer essa luta que não seja nocaute. Se pudesse, dava até cabeçada nele”, brincou.
Os principais adversários são os americanos. Contra eles, os brasileiros já realizaram 187 lutas, vencendo 120. Houve 67 derrotas (veja outros números ao lado).
Nascido no Guarujá, o paulista Charles do Bronx festejou a chance de lutar em seu estado de origem e endossou o coro sobre a dificuldade dos gringos por aqui.
Perto do recorde
“O brasileiro é fanático por luta. Estamos no octógono diante da nossa família, dos amigos, fãs. O “Uh, vai morrer!”, “Uh, vai morrer!” entra na cabeça dos americanos. É muita pressão. A gente é tipo uma La Bombonera. Isso aí atrapalha o adversário”, falou Charles, antes de ponderar. “Lógico que tem os dois lados da moeda. Se não tivermos a cabeça no lugar, atrapalha a gente, que está lutando contra eles”, seguiu.
O guarujaense, inclusive, pode quebrar um recorde. Com dez finalizações, ele está empatado com Royce Gracie como os que mais venceram dessa maneira. Charles espera superar a marca do compatriota na capital paulista.
“Imagina? Finalizar em casa, quebrar recorde com 28 anos, passar o Royce em frente ao meu público. Quero muito vencer desta forma e entrar no Hall da Fama do evento”, finalizou o paulista.
Já Rogério Minotouro encara Sam Alvey. Com três derrotas nas últimas quatro lutas, ele espera usar o fator casa para voltar a colher bons resultados na organização. “É bom lutar no Brasil. Ter a torcida ao seu favor é diferente. Te dá motivação. Você chama a responsabilidade para você e sai de casa para resolver”, afirmou. Americano Japonês Argentino vs vs vs americano americano americano Argentino Chileno Canadense vs vs vs americano mexicano americano