Comprador fica com o carro por quatro anos
Ao comprar um carro com isenções de impostos, os clientes com necessidades especiais assumem um compromisso de quatro anos. Desde julho, esse é o prazo mínimo estipulado por lei para permanecer com o veículo, sem a possibilidade de venda ou troca. Antes, o intervalo era de dois anos.
A nova regra e a fartura de opções no mercado faz a pesquisa antes da compra ser fundamental. Os parâmetros são outros quando é preciso acomodar uma cadeira no banco traseiro ou no portamalas, que precisa ter acesso fácil e alguma modularidade.
Após ver outros modelos na mesma faixa de preço, a bancária Michelle Effren, 30 anos, optou pelo Jeep Renegade. Cadeirante, ela considerou que o porta-malas do utilitário compacto a atenderia bem, embora seja pequeno para os padrões.
“Estou gostando bastante do jipe, o mais complicado é entrar, o assento é alto. Poderia ser mais econômico, mas a cadeira de rodas cabe inteira no porta-malas, não preciso desmontá-la”, diz Michelle, que antes tinha um Chevrolet Onix.
A bancária afirma que um dos pontos que avaliou na hora de escolher o carro foi o reclinamento dos bancos.
“O Renegade tem o mesmo mecanismo do Onix, é só puxar uma alavanca que o encosto se move para frente ou para trás com facilidade.”
Segundo ela, carros que têm a regulagem do encosto feita por meio de um botão giratório tornam o movimento mais lento e difícil quando o motorista está sozinho e precisa colocar a cadeira de rodas atrás.
Segundo Rodrigo Rosso, presidente da Abridef (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva), os carros mais escolhidos por pessoas com deficiência são os sedãs compactos. Esses modelos combinam preços mais em conta com bom porta-malas.
A aposentada Alice Silva, 52 anos, diz que é possível colocar até dias cadeiras de rodas no porta-malas de seu Chevrolet Prisma, que tem 500 litros de capacidade, um dos maiores.