Dividir o wi-fi com vizinho é comum em condomínios
Moradores buscam ter uma internet mais potente e ainda rachar as despesas. Sinal tem qualidade
Dividir o sinal de wi-fi com o vizinho tem se tornado comum nos condomínios, para rachar as despesas da conta e, assim, economizar uma grana e também para tentar obter uma banda larga melhor e mais potente.
O empresário Marcos Oliveira, 28 anos, contratou um serviço de banda larga com 120 megas, que ele divide com outros três vizinhos, que também são seus amigos, no condomínio em que moram, no Capão Redondo (zona sul de São Paulo). Um deles é o técnico em segurança eletrônica Marcos Gaspar, 18 anos.
Eles adquiriram um aparelho (roteador) que manda sinal para o apartamento vizinho, no 6º andar, em que vive Oliveira, e para outros dois no piso de cima. “Todos nós conseguimos ver filmes, usar vários computadores e celulares ao mesmo tempo. É ótimo e todos pagam uma conta bem mais enxuta”, conta o empresário Oliveira.
Essa gentileza entre vizinhos não é proibida, segundo o advogado Rodrigo Karpat, da Karpat Advogados.
“Os moradores não precisam avisar ao condomínio e tampouco é preciso que seja aprovado em assembleia. É uma questão entre os moradores, não é uma responsabilidade do condomínio.”
O síndico profissional Nilton Savieto afirma que, nos cinco prédios em que atua, há internet nas áreas comuns do prédios. “Eventualmente mudamos a senha, por segurança, mas ela é informada no grupo de Whatsapp do prédio. É muito simples. Moradores, funcionários e até quem presta serviço acaba se beneficiando com o sinal de internet coletivo”, afirma o especialista.