Gestão Covas quer mudar a cracolândia de endereço
Prefeitura aposta em uma nova tenda de atendimento perto da marginal Tietê, para atrair dependentes
A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), pretende tirar os usuários de drogas da região da cracolândia, no centro da cidade. A ideia é levar o fluxo de dependentes químicos para um local próximo à marginal e à rodoviária do Tietê.
Para atrair o usuário de drogas ao novo endereço, a prefeitura iniciou no local a construção de uma nova tenda que oferece acolhimento, serviços de higiene, alimentação e pernoite aos dependentes. Essas tendas, chamadas Atende, fazem parte do programa municipal de combate ao crack.
Essas tendas fazem parte do programa de combate ao crack Redenção, criado pelo ex-prefeito Doria (PSDB).
A prefeitura estuda fechar esses lugares, embora ainda não haja prazo para isso.
A nova tenda está sendo erguida num espaço dez vezes maior que o das atuais e estará num terreno na avenida Cruzeiro do Sul, diante do shopping D, a 2,7 km de onde se concentram hoje os dependentes químicos.
Quem trabalha com os dependentes químicos teme que as tendas sejam retiradas do centro sem os usuários irem para o novo local. O fluxo, diz uma assistente social, estará onde estiver o crack, e não o atendimento. A prefeitura acredita que o resultado virá na prática.
A administração está sob pressão na região da cracolândia. Uma quadra inteira, por exemplo, foi demolida para dar lugar à nova sede do hospital Perola Byington. Perto dali, o Governo de SP ergueu cinco prédios, com um total de 914 apartamentos, e vai erguer mais três. Parte dos beneficiados, porém, resiste à vizinhança de viciados e ainda não se mudou para o local.