Agora

Mundial para ser esquecido

- Claudinei Queiroz

Por pouco o judô brasileiro não foi um fiasco no Campeonato Mundial de Baku (AZE). Um dos países mais tradiciona­is do esporte, o Brasil viajou com a expectativ­a de conquistas, como tem sido nos últimos anos, mas volta para casa com apenas um pódio: o bronze de Érika Miranda. Foi o pior desempenho individual desde o Mundial de Roterdã, em 2009, quando ninguém subiu ao pódio.

É pouco quando se pensa nas pretensões para os Jogos de Tóquio-2020, o berço da modalidade. Ainda mais porque o judô é o esporte individual no qual o Brasil conquistou mais medalhas olímpicas: 22, sendo 4 ouros, três pratas e 15 bronzes. Em Mundiais, são 44 medalhas: sete ouros, 12 pratas e 25 bronzes.

Dos principais atletas que foram a Baku, apenas Érika manteve seu histórico de conquistas, já que esta foi sua quinta medalha em Mundiais, igualando-se em quantidade a Mayra Aguiar. Mayra, por sinal, era uma das cotadas para levar o título, mas ficou pelo caminho, assim como Maria Portela, Rafaela Silva, Rafael Silva e David Moura.

Porém, se a velha guarda ficou devendo, os novatos estão chegando com vontade de mostrar serviço. Como Jéssica Pereira, 24 anos, que disputou a medalha de bronze com Érika Miranda. Em 2013, ela foi vice mundial júnior, e tem tudo para brilhar no futuro.

Outro que merece destaque é Daniel Cargnin, 20 anos, da categoria até 66 kg. Ele venceu quatro combates e acabou sendo derrotado na disputa do bronze, mas também mostrou que pódios são questão de tempo.

Portanto, o resultado final em Baku não foi nem de perto o desejado, mas ainda há muito tempo para a seleção se preparar para Tóquio-20. Afinal de contas, os nossos judocas pertencem à elite da modalidade.

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