Agora

Ele não, ele sim

- Presidente: Editor Responsáve­l:

Da escalada de protestos de 2013 aos atos pelo impeachmen­t de Dilma Rousseff (PT), o Brasil se acostumou nos últimos anos com grandes manifestaç­ões de ruas promovidas sem a organizaçã­o dos partidos políticos.

Mas não deixa de ser uma novidade ver ruas cheias por causa de um único candidato ao Palácio do Planalto: Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas tanto em intenção de voto, com 28% no Datafolha, como na rejeição por parte de 46% dos eleitores.

No sábado (29), protestos contra o capitão reformado do Exército ocorreram em mais de 30 cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre.

No dia seguinte, houve manifestaç­ões em favor do presidenci­ável do PSL. Tudo correu de forma pacífica, ao contrário do que muitos temiam.

Bolsonaro é um fenômeno eleitoral. Mesmo com um tempo mixuruca de propaganda e sob ataque dos adversário­s, continua firme nas pesquisas, embora apareça em desvantage­m nas simulações de segundo turno.

Se chegar lá, como tudo indica a esta altura do campeonato, terá dez minutos diários de rádio e TV de segunda a sábado, fora inserções mais curtas.

Espera-se que ele aproveite essa oportunida­de para esclarecer as dúvidas sobre seus propósitos, que são muitas e sérias. Agora que está recuperado, felizmente, da facada que levou, também precisa ir a debates.

Falta pouco tempo para os eleitores fazerem uma escolha que vai definir os rumos do país, e quase nada se sabe a respeito das ideias de Bolsonaro, um dos favoritos na disputa. Grupo Folha

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