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Fantasmas petistas

- Presidente: Editor Responsáve­l:

O PT sempre torceu por um segundo turno contra Jair Bolsonaro. Como é grande a rejeição ao candidato do PSL, Fernando Haddad teria a chance de se apresentar como uma opção mais moderada.

Mas o presidenci­ável petista também leva nas costas o peso das malfeitori­as acumuladas nos governos de seu partido, dos escândalos de corrupção aos rombos no Orçamento que derrubaram a economia do país.

A nova pesquisa Datafolha mostra que disparou a rejeição a Haddad, de 32% apurados de 26 a 28 de setembro para 41% nesta terça-feira (2).

Já as intenções de voto no ex-prefeito de São Paulo oscilaram de 22% para 21%. Foi a primeira que o número não subiu desde que ele assumiu o posto de candidato, substituin­do o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro ainda tem a maior rejeição, de 45%, mas avançou na dianteira das preferênci­as, subindo de 28% para 32%. Isso certamente vai encorajar sua pregação pela vitória já no primeiro turno.

Nas simulações para o segundo, ele aparece com 44%, empatado na margem de erro com Haddad (42%).

O petista vem tentando fazer um discurso mais conciliado­r e moderado, fugindo de questões sobre os desvios bilionário­s na Petrobras e a lambança do governo Dilma Rousseff na economia.

Essa tarefa deve ficar mais difícil. Se houver mesmo a disputa final entre ele e Bolsonaro, os erros do PT vão ficar na berlinda.

O pior de tudo é que o partido nunca assumiu devidament­e suas responsabi­lidades nesses casos. E Haddad ainda precisa dizer que seu padrinho político nunca soube de nada. Grupo Folha

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