Bolsonaro ganha o apoio de mulheres e Haddad estaciona
Vantagem sobre concorrentes sobe, segundo Datafolha; simulações indicam empate no 2º turno
Líder da corrida presidencial, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem sobre os rivais ganhando votos nos segmentos em que enfrenta maior rejeição, as mulheres, os mais jovens e eleitores do Nordeste.
Segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, realizada ontem, o capitão reformado do Exército ganhou quatro pontos percentuais desde a semana passada e alcançou os 32% das intenções de voto.
Liderados por mulheres, milhares de opositores de Bolsonaro foram às ruas das principais cidades do país protestar contra ele no sábado. Houve manifestações de admiradores no domingo, mas atraíram menos gente.
Em segundo lugar, o exprefeito Fernando Haddad (PT) oscilou de 22% para 21%. Sua rejeição aumentou, segundo o Datafolha. Ele vinha crescendo desde seu lançamento como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida e aparece estagnado na pesquisa pela primeira vez.
Entre as mulheres, Bolsonaro cresceu de 21% para 27% das intenções de voto, ultrapassando Haddad, que tem 20%. De acordo com o instituto, a taxa de rejeição de Bolsonaro é de 49% entre as mulheres.
Regiões
O capitão passou de 31% para 36% no Sudeste e saltou de 35% para 44% no Sul. Haddad manteve a liderança no Nordeste, com 36% , mas sua vantagem diminuiu, porque Bolsonaro também cresceu na região, o mais fiel reduto petista.
Se Bolsonaro e Haddad mantiverem suas posições até o primeiro turno da eleição no domingo, os dois disputarão o segundo turno.
Segundo o Datafolha, Bolsonaro tem o equivalente a 38% dos votos válidos, ou seja, sem contar votos em branco e nulos. Para vencer no primeiro turno, ele precisaria conseguir mais de 50% dos votos válidos.
O Datafolha entrevistou 3.240 eleitores de 225 municípios ontem. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pelo jornal Folha de S.paulo.
Ciro Gomes (PDT), que disputava o campo da esquerda com o PT desde o início do ano, apareceu estagnado na pesquisa, com 11%, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 10% para 9%.
Marina Silva (Rede) oscilou de 5% para 4%, segundo o Datafolha.