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Bolsonaro ganha o apoio de mulheres e Haddad estaciona

Vantagem sobre concorrent­es sobe, segundo Datafolha; simulações indicam empate no 2º turno

- Ricardo balthazar (FSP)

Líder da corrida presidenci­al, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem sobre os rivais ganhando votos nos segmentos em que enfrenta maior rejeição, as mulheres, os mais jovens e eleitores do Nordeste.

Segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, realizada ontem, o capitão reformado do Exército ganhou quatro pontos percentuai­s desde a semana passada e alcançou os 32% das intenções de voto.

Liderados por mulheres, milhares de opositores de Bolsonaro foram às ruas das principais cidades do país protestar contra ele no sábado. Houve manifestaç­ões de admiradore­s no domingo, mas atraíram menos gente.

Em segundo lugar, o exprefeito Fernando Haddad (PT) oscilou de 22% para 21%. Sua rejeição aumentou, segundo o Datafolha. Ele vinha crescendo desde seu lançamento como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida e aparece estagnado na pesquisa pela primeira vez.

Entre as mulheres, Bolsonaro cresceu de 21% para 27% das intenções de voto, ultrapassa­ndo Haddad, que tem 20%. De acordo com o instituto, a taxa de rejeição de Bolsonaro é de 49% entre as mulheres.

Regiões

O capitão passou de 31% para 36% no Sudeste e saltou de 35% para 44% no Sul. Haddad manteve a liderança no Nordeste, com 36% , mas sua vantagem diminuiu, porque Bolsonaro também cresceu na região, o mais fiel reduto petista.

Se Bolsonaro e Haddad mantiverem suas posições até o primeiro turno da eleição no domingo, os dois disputarão o segundo turno.

Segundo o Datafolha, Bolsonaro tem o equivalent­e a 38% dos votos válidos, ou seja, sem contar votos em branco e nulos. Para vencer no primeiro turno, ele precisaria conseguir mais de 50% dos votos válidos.

O Datafolha entrevisto­u 3.240 eleitores de 225 municípios ontem. A margem de erro do levantamen­to é de dois pontos percentuai­s, para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pelo jornal Folha de S.paulo.

Ciro Gomes (PDT), que disputava o campo da esquerda com o PT desde o início do ano, apareceu estagnado na pesquisa, com 11%, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 10% para 9%.

Marina Silva (Rede) oscilou de 5% para 4%, segundo o Datafolha.

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