Capitão quer fazer reforma própria
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse ontem, no Rio, que pretende fazer sua própria reforma da Previdência. Ele não usará a proposta apresentada pelo governo Michel Temer, já em tramitação na Câmara.
“Eu acredito que a proposta do Temer como está, se bem que ela mudou dia após dia, dificilmente ela será aprovada”, afirmou.
Sem apresentar muitos detalhes, o candidato disse que vai fazer um projeto mais consensual.
“Não adianta uma proposta que aos olhos apenas de economistas e de alguns políticos é maravilhosa, mas que não passa no Parlamento’, afirmou.
A expectativa de que Bolsonaro fará reformas, sobretudo a da Previdência, é o que anima o mercado em relação a uma eventual vitória sobre o adversário Fernando Haddad (PT) neste segundo turno das eleições.
A posição do presidenciável referenda declaração do coordenador de sua campanha, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Em Brasília, também ontem, o parlamentar afirmou que se o capitão reformado for eleito, não deve se movimentar para aprovação, ainda em 2018, da reforma apresentada por Temer.
O presidente havia dito em setembro que entrará em contato com seu sucessor para tentar aprovar as mudanças nas regras das aposentadorias durante seu governo.
De acordo com Lorenzoni, se Bolsonaro vencer, o assunto só será discutido depois da posse, e não na transição de cargo.
“Se ele ganhar a eleição no dia 28, que nós acreditamos que vai, nós vamos tratar desse assunto dia 1º de janeiro de 2019, nem um dia antes”, afirmou o deputado, na Câmara, onde foi tratar de apoios para a campanha no segundo turno.