Bolsonaro deve ficar fora de debates até semana que vem
Candidato passará por nova avaliação médica na quinta-feira da próxima semana; Haddad diz estar disposto a ir a uma enfermaria para debater com o concorrente à Presidência
Passados mais de 30 dias após ter sido esfaqueado, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda precisa de mais de uma semana de repouso, segundo informaram seus médicos.
O capitão reformado recebeu na manhã de ontem a visita do cirurgião Antônio Luiz Macedo e do cardiologista Leandro Echenique, médicos do hospital Albert Einstein, onde ele ficou internado para se recuperar do atentado a faca.
De acordo com as informações da equipe médica, tudo indica que Bolsonaro não comparecerá a debates entre presidenciáveis antes da próxima quinta-feira, quando ele será submetido a nova avaliação, em São Paulo.
Os médicos afirmam que o presidenciável ainda não está autorizado a viajar e recomendam repouso, evitando serem taxativos sobre a participação em debates.
“Ele tem desejo de participar [dos debates] realmente, mas no momento, perante essa avaliação que fizemos aqui, consideramos que não é momento ideal para ele voltar às atividades”, explicou Echenique.
A situação clínica do candidato foi descrita como estável e fora de perigo. Contudo, a equipe médica diz que o repouso de mais uma semana é necessário para recuperação de peso.
Na enfermaria
o candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, afirmou que está disposto “até a ir a uma enfermaria” para debater propostas com seu adversário.
“Ele precisa debater. Estou disposto até a ir a uma enfermaria para debater com ele”, disse Haddad durante a entrevista em São Paulo.
A estratégia do candidato do PT é confrontar medidas do governo Lula com as propostas de Bolsonaro e mostrar que o capitão reformado votou, quando deputado, em projetos contrários aos direitos dos trabalhadores. A ideia é dizer que um eventual governo do capitão reformado vai piorar a vida da população mais carente.