Haddad tira Lula e diminui o vermelho de campanha
O comitê eleitoral de Fernando Haddad reduziu a aparição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vermelho, marca petista, do material de campanha para segundo turno.
Nas novas peças de campanha, até a bandeira mudou de cor. Agora há dois modelos: azul e branca.
Também nas fotos oficiais e adesivos, o vermelho foi substituído por azul, branco e as cores da bandeira do Brasil. O vermelho fica em detalhe em que o número 13 aparece em amarelo.
Na foto oficial, Haddad e sua vice, Manuela D’ávila (PC do B), usam blazer. Ele, azul. Ela, bordô. Em azul, está a inscrição “Todos pelo Brasil”. Figura central no primeiro turno, Lula não aparece.
Apoios
Além da mudança no material de campanha, o candidato petista também deve procurar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para firmar uma frente democrática contra a escalada de violência que, segundo o petista, é personificada na figura de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL).
O PT ainda articula para convencer o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) a participar da sua campanha.
Dirigentes petistas afirmam que a prioridade é fechar com Ciro, incluindo propostas do pedetista no programa de governo e fazendo com que integre a equipe.
A ponte com Ciro está sendo feita via Jaques Wagner, senador eleito da Bahia que assumiu a coordenação política da equipe de Haddad, e Camilo Santana, governador petista reeleito no Ceará.
O irmão de Ciro, Cid Gomes, esteve com Wagner.
Com o apoio dos partidos de centro-esquerda —PDT, PSOL e PSB— formalizados, Haddad quer ampliar seu arco para outros setores e atores da sociedade e, assim, formar uma frente em defesa dos valores da democracia.
FHC disse que Haddad ainda não entrou com contato. O petista não respondeu quando fará isso.