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Doria deixa projetos sem conclusão e quebra promessa

Ex-prefeito largou o cargo mil dias antes do previsto e não cumpriu metas propostas na eleição

- Guilherme setto (FSP)

O candidato ao governo estadual João Doria (PSDB) foi prefeito por 460 dias, de janeiro de 2017 a abril de 2018, e ficou devendo 1.000 dias para o eleitor paulistano quando abandonou o cargo.

Eleito como “gestor” na esteira da renovação que surgiu do cansaço dos eleitores com os velhos políticos, Doria deixou uma longa lista de projetos não realizados e uma série de metas não cumpridas. Além disso, quebrou a promessa que fez ao menos 43 vezes de não deixar o comando municipal para participar de eleições.

A prefeitura foi herdada por Bruno Covas (PSDB), que ainda não conseguiu resolver as pendências deixadas pelo antecessor. O pacote de privatizaç­ões e concessões até hoje não passou nenhum equipament­o à iniciativa privada. Pouco se avançou para além das autorizaçõ­es dos projetos por vereadores.

Somaram-se aos insucessos de impacto os números decepciona­ntes nas áreas de educação, transporte e zeladoria. Doria prometeu zerar a fila para creches em um ano. A meta depois foi ajustada para 65 mil vagas até março de 2018, mas só 27,5 mil foram criadas. Obras em 12 CEUS foram interrompi­das em 2016, no final da gestão de Fernando Haddad (PT), e permanecer­am assim durante todo o período Doria.

Só entregou 3,3 km de corredores de ônibus, iniciados na gestão anterior.

O ex-prefeito tentou projetar imagem de que deixaria a cidade mais limpa que Haddad. No entanto, a prefeitura varreu em 2017 menos toneladas de lixo que a gestão anterior —92,8 toneladas, ante 95,8 no ano anterior e 111,5 em 2015.

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