Agora

Futuro nebuloso

- Luís André Rosa

Nessa jornada de mais de 20 anos de jornalismo esportivo, eu nunca vi o Brasil ser tão favorito em uma partida contra o seu maior rival, a Argentina. No amistoso desta tarde, na Arábia Saudita, os comandados de Tite tem a obrigação de ganhar, e bem, dos nossos vizinhos, tamanha a bagunça que se transformo­u a alvicelest­e nos últimos anos. É só lembrar o sufoco que foi para o país se classifica­r para a Copa da Rússia e o desempenho decepciona­nte, principalm­ente do astro Lionel Messi.

Bombardead­o de críticas, o camisa 10 deu sinais de que o seu ciclo encerrou com a eliminação, nas oitavas de final, na derrota para a França. Outros companheir­os, como Javier Mascherano, Ángel Di María e Gonzalo Higuaín, também deram a pinta de que o ciclo chegou ao fim. Ao menos o primeiro, um dos líderes da seleção, já anunciou a sua aposentado­ria.

Fritado por alguns jogadores durante a Copa, o badalado Jorge Sampaoli pagou pela sua arrogância e está desemprega­do. Perdidos, os dirigentes da Associação de Futebol Argentino não fazem a menor ideia de como será o planejamen­to para o ciclo em busca da vaga ao Qatar-2022. Nem o novo técnico está definido.

Essa é a Argentina, que está sendo comandada por Lionel Scaloni, que jamais dirigiu uma equipe e foi o auxiliar de Sampaoli mais próximo dos atletas na Rússia. Enquanto, Adenor “Tite” Bachi usa a base que montou em pouco mais de dois anos de trabalho. Sem Messi, o interino apostará em um desafeto do camisa 10.

A principal atração dos argentinos será o atacante Paulo Dybala, que foi à Rússia passear. O astro da Juventus-ita tem bola para incomodar o Brasil, mas, assim como o craque ausente, ele carece de coadjuvant­es. É o famoso ditado: “uma andorinha só não faz verão”.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil