Seleção não aprendeu nada com o fracasso no Mundial
Brasil, mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim, Brasil, qual é teu negócio, o nome do teu sócio, confia em mim... Alô, povão, agora é fé! Depois de vencer a Arábia Saudita, por 2 a 0, e a Argentina, por 1 a 0, o Brasil saiu da data Fifa igual entrou: sem uma ideia de futuro, de renovação póscopa do Mundo. E, pior, as vitórias, burocráticas, em amistosos definidos muito mais por questões comerciais do que desportivas, não serviram para recuperar a proximidade da seleção com a torcida.
O zagueiro Miranda, 34 anos, autor do gol da vitória sobre a Argentina, por exemplo, é um dos muitos jogadores com idade que sugere supor que ele não estará em condições físicas e atléticas para defender o Brasil no Qatar, em 2022. Nem ele, nem Thiago Silva, nem Marcelo, nem Filipe Luís, nem Daniel Alves... Marquinhos, reserva na Copa, talvez seja o único remanescente da defesa no próximo Mundial.
A fraca Copa do Mundo2018 do Brasil, como um todo, e, especialmente, de Neymar, que virou motivo de chacota mundial, ainda não foi apagada da memória das pessoas. O treinador Tite, que chegou à Rússia como unanimidade, perdeu essa condição com críticos e torcedores. Declarações e atitudes questionáveis, como a convocação de jogadores de clubes brasileiros em momentos importantes, e a opção de entregar a faixa de capitão a Neymar colaboraram para estragar a relação do técnico com o público.
A Copa América-2019, que será no Brasil, não tem o peso de um Mundial, muito longe disso, mas talvez seja a chance de fazer o brasileiro voltar a ter carinho pela seleção. Desfalcar clubes em momentos importantes e convocações esdrúxulas não ajudam...
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!