Segurada cobra os atrasados do INSS
Após acordo feito na Justiça, professora afastada esperava receber sua grana mais rapidamente
A professora Núbia Carla Ferreira Moreira, 41 anos, está afastada do trabalho há mais de dez anos, após um diagnóstico de epilepsia e convulsão, que deu origem a outras doenças. Ela relata que chegou a receber o auxílio-doença, mas o benefício foi cortado, o que a levou à Justiça Federal.
Neste ano, para conseguir manter o auxílio-doença por alguns meses, ela fez acordo com o INSS para ganhar os atrasados, mas até hoje não recebeu a grana.
Além disso, quando tenta agendar uma perícia para solicitar novo auxílio, o sistema do instituto não aceita o pedido, pois acusa existir um benefício ativo.
O INSS em São Paulo informou que cumpriu determinação judicial e reativou o auxílio-doença dela no ano passado. Na sentença, diz o instituto, março de 2018 foi definido como o final do benefício. Após essa data, ela passou por duas perícias, com as quais seu auxíliodoença foi pago até maio, quando foi cortado. O INSS disse também que ela ainda receberá os atrasados do benefício concedido na Justiça.
Segundo o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), a sentença da ação de Núbia é de janeiro. “Após a decisão judicial, o INSS apresentou uma proposta de acordo que foi aceita pela segurada. A última movimentação é do dia 21/09 e o prazo para o INSS se manifestar sobre ela terminou no dia 5/10. A segurada deve receber o valor por RPV ainda em 2018”, informou.
O INSS disse que ela não tem outro benefício ativo e pode solicitar novo auxílio.