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INSS leva 50 dias para liberar pensões em SP

No país, metade dos pedidos de pensão extrapola o prazo de até 45 dias para serem respondido­s

- Clayton castelani fernanda brigatti

Desde a morte do marido, em julho, a dona de casa Maria de Fátima dos Santos Souza, 63 anos, tenta receber a pensão do INSS. Nos últimos três meses, porém, a única resposta obtida na agência da Previdênci­a no bairro Pimentas, em Guarulhos (Grade São Paulo), é que o pedido está em análise.

“Vivíamos da aposentado­ria do meu marido e estamos passando necessidad­es por conta do INSS”, conta Fátima. “Se demorar mais um mês, vamos passar fome.”

Embora o prazo para concessão de benefícios seja de 45 dias, a espera à qual Maria de Fátima está submetida não faz dela uma exceção: o INSS demora em média 50 dias para liberar os pagamentos de pensões por morte no estado de São Paulo.

Em todo o país, metade dos requerimen­tos de pensionist­as foram apresentad­os ao órgão há mais de 45 dias. Do estoque de 121,2 mil pedidos do benefício, 64,1 mil (52%) estão além do prazo.

Em junho deste ano, a direção do INSS havia informado que pretendia automatiza­r as liberações de pensões a partir de setembro. A ideia era integrar os sistemas do instituto à base de dados dos cartórios para agilizar a identifica­ção do direito, mas a medida não se concretizo­u.

O INSS informou que, para acelerar a concessão de benefícios, está criando o modelo de atendiment­o digital, que permite que o processo seja analisado a distância.

Sobre a pensão solicitada por Maria de Fátima dos Santos Souza, o instituto disse ter ocorrido uma falha pontual e que o processo será analisado nesta semana.

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