Agora

Encontro especial

Reserva na conquista da Libertador­es de 2012, Willian revê o Boca e quer nova taça para coroar boa fase

- Rafaela cardoso

Cristiano Ronaldo volta a Manchester e enfrenta o desafeto Mourinho na Liga dos Campeões

Willian é uma das peças mais importante­s do setor ofensivo da equipe palmeirens­e. Desde sua chegada ao clube, no início do ano passado, o atacante vem mostrando, com números, que pode fazer a diferença no ataque: tem 15 gols no ano.

O camisa 29 sabe que o alviverde está no caminho certo para levantar a taça de campeão da Libertador­es no fim do ano, e garante: vai ser mais especial do que em 2012, quando venceu com a camisa do Corinthian­s.

Na época, o atacante de 31 anos não era titular e acabou ficando fora das duas finais contra o Boca Juniors, justamente o rival de amanhã.

No Verdão, Bigode é um dos mais regulares. Por isso, foi quem mais atuou pelo alviverde no ano: 59 vezes.

Em entrevista ao Agora, Willian celebra o bom momento, relembra a final de 2012 e fala da pressão de jogar na Bombonera.

“Conquistan­do o título e tendo participaç­ão, vou ficar muito mais feliz”, disse. Agora Você chegou sem muito alarde. Isso te deu mais tranquilid­ade? Willian Acredito que não. Vim pela confiança que o Alexandre [Mattos, diretor de futebol] tem no meu futebol, claro que em concordânc­ia com o presidente e toda a diretoria. Cheguei num grupo de jogadores com muita qualidade. Estou muito feliz de ter vindo para cá. Foi a melhor escolha. Agora Você foi campeão pelo Corinthian­s, em 2012, mas não era titular. Ser campeão pelo Palmeiras será mais especial? Willian Sem dúvida. Quando você tem uma participaç­ão, em qualquer profissão, você vai se sentir mais realizado por aquilo que fez. Porém, não deixa de ser campeão e ter sua importânci­a, mesmo que ela seja menor, mas não tenha dúvida que, se acontecer [com o Palmeiras], será muito especial. Estamos nos doando muito para conseguir esse título.

Agora Ficou frustrado por não jogar as finais em 2012? Willian Frustrado não, mas eu queria estar dentro de campo, à disposição do treinador, até porque era uma final de Libertador­es. Claro que você fica chateado, realmente fica triste. O mais importante é o coletivo, mas não tenha dúvida de que quando você está fora, fica triste, pois você quer estar no gramado ajudando de alguma forma. Conquistan­do o título com mais participaç­ão, ficarei muito mais feliz.

Agora O Palmeiras é um dos favoritos e isso se deve muito ao Felipão. Qual o diferencia­l dele em mata-mata? Willian Ele tem muita experiênci­a, uma maturidade absurda por tudo que já vivenciou dentro do futebol. Ele sempre transmite isso para gente, por isso precisamos estar sempre atentos para acatar aquilo que ele nos passa. Toda informação é muito válida e produtiva para os jogos e para o dia a dia de trabalho. Ele é inteligent­e dentro de campo, sabe jogar. Estamos conseguind­o colocar isso em prática, e tem agregado ao nosso grupo de uma forma espetacula­r.

Agora No primeiro jogo na Bombonera, você começou no banco e agora deve ser titular. Vai ser diferente? Willian A gente sabe que vai ser um jogo diferente do que foi na primeira fase, sem desvaloriz­ar aquela vitória, que foi fundamenta­l. Vamos para lá sabendo das dificuldad­es e da pressão que vamos ter, porém, estamos muito preparados para fazer um jogo brilhante.

Agora Na América do Sul, acha a Bombonera o estádio mais difícil de se jogar? Willian Tive a oportunida­de de jogar em outros estádios, mas ali se cria uma atmosfera diferente por ser um estádio mais antigo, de muita história, onde o torcedor fica muito próximo do gramado e dos jogadores. Então, isso automatica­mente cria um clima de muita tensão. O mais importante é que temos trabalhado a nossa cabeça, nossa parte mental para nada externo nos atrapalhar.

Agora Um empate já será um bom resultado? Willian Temos totais condições de vencer, como foi no primeiro jogo. É importante não tomar gols e, controland­o isso, teremos condições de fazer os gols. É um jogo que exige muita concentraç­ão. Por isso, um empate não é um mau resultado porque trazemos a decisão para São Paulo, no nosso estádio.

Agora Os times brasileiro­s já aprenderam a lidar com a catimba dos argentinos? Willian Sim. Isso faz parte, mas temos lidado bem com isso nesses jogos. Não podemos entrar em nenhum tipo de provocação, evitar entrar nas jogadas com violência para não atrapalhar a equipe. Vamos lá preparados para jogar futebol. Sabemos que esse é o estilo deles, de chegar firme, e a arbitragem na Libertador­es deixa seguir mais o jogo do que aqui no Brasil. O que vai contar é a nossa maturidade.

 ?? Ronny Santos/folhapress ?? Centenas de torcedores festejam na saída do ônibus do Palmeiras do hotel para o aeroporto de Guarulhos, antes do embarque do time para Buenos Aires
Ronny Santos/folhapress Centenas de torcedores festejam na saída do ônibus do Palmeiras do hotel para o aeroporto de Guarulhos, antes do embarque do time para Buenos Aires

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil