Agora

Presidente eleito perderá imunidade que o livrou de ações

- (FSP)

Eleito presidente, Jair Bolsonaro (PSL) não desfrutará mais da prerrogati­va da imunidade parlamenta­r que já o livrou de ao menos três processos recentes por suas declaraçõe­s como deputado federal. Por outro lado, no posto de ocupante do Palácio do Planalto, passará a dispor de outra proteção constituci­onal: só poderá ser processado com a autorizaçã­o da Câmara dos Deputados.

Segundo a Constituiç­ão, o presidente, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabi­lizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Bolsonaro é réu em duas ações penais no STF (Supremo Tribunal Federal) acusado de incitar o estupro, em um caso envolvendo a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Caso as ações não sejam julgadas até a posse, só poderão ser retomados depois que Bolsonaro deixar a Presidênci­a.

Outros

Há quase dois anos foi arquivada uma representa­ção no Conselho de Ética da Câmara que pedia a cassação de Bolsonaro por ele ter defendido em plenário a memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais símbolos da repressão durante a ditadura militar, durante votação do processo de impeachmen­t de Dilma Rousseff.

Em setembro deste ano, a Primeira Turma do STF também rejeitou uma denúncia contra Bolsonaro sob acusação de racismo. Nos casos, invocou-se a imunidade parlamenta­r.

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