Diretoria e investidora têm a partida do ano
Em quase todas as partidas, a torcida do Palmeiras entoa um grito de guerra (copiado do Boca Juniors, adversário de hoje), que afirma ser a Libertadores uma “obsessão”. Mas isso não vale apenas para os torcedores.
É por momentos como esse que a Crefisa, patrocinadora do clube, investe cerca de R$ 100 milhões por ano. Pelo modelo de contratações que usou, foi multada em R$ 30 milhões pela Receita Federal.
São noites como esta que podem realizar o sonho da diretoria de levar o clube para o Mundial e buscar o título que falta, embora o Palmeiras reivindique o reconhecimento da Taça Rio de 1951.
Tudo isso estará em jogo quando o alviverde entrar em campo para enfrentar o Boca por uma vaga na final.
Foi com partidas como essa na cabeça que o presidente Maurício Galiotte, após a controversa perda do título Paulista deste ano, disse para o torcedor não se preocupar. “Vamos brigar por coisas grandes”, prometeu.
A não ser pelos sete minutos finais na Bombonera, tudo corria como o técnico Luiz Felipe Scolari havia planejado. O Palmeiras tinha controle da partida. Não ameaçava no ataque, mas não levava sufoco na defesa.
Favorito ao título brasileiro, com quatro pontos de vantagem na liderança, a classificação para a final da Libertadores pode fazer com que a conquista nacional se torne um acessório.
Quando o mesmo Felipão levou o Palmeiras ao título continental de 1999, a equipe também reverteu resultado desfavorável no primeiro jogo contra um rival argentino, o River Plate.