Renegado, Brasileirão vira a tábua de salvação alviverde
Fui no pagode, acabou a comida, acabou a bebida, acabou a canja, sobrou pra mim, o bagaço da laranja... Alô, povão, agora é fé! Acabou a opção e o sonho de reconquistar a América e buscar o Mundial. O Palmeiras, com a tranquilidade de quem lidera com quatro pontos de vantagem em relação ao vice-líder Flamengo, tem “só” o Brasileirão para disputar. E o “só” é por “culpa” do própria Palmeiras, que sempre tratou, como a maioria dos clubes do país, o Brasileiro como um campeonato de segunda linha, um mero qualificatório para o matamata continental.
“Copa Libertadores, obsessão.” Mais que um cântico da torcida que canta, vibra e corneta, uma clara estratégia da própria torcida, um jeito de olhar que coincide com a visão do time, da comissão técnica, da diretoria e da patrocinadora... Ao despachar o técnico Roger Machado e contratar o “copeiro” Felipão, o Palmeiras sublinhou a prioridade às copas: primeiro, óbvio, a Libertadores, depois, a Copa do Brasil... E reservada no interminável Campeonato Brasileiro de pontozzz corridozzz!
O Brasileirão, que é muito difícil de ser conquistado e, pois, deveria ser mais valorizado, é tratado como competição de segunda classe pela “organizadora” CBF (que não respeita data Fifa e dá prêmios mais baixos do que o da Copa do Brasil), pela torcida, por toda a coletividade da bola, inclusive a palestrina...
Pois é o que sobrou: ou ganha o Brasileirão ou o caríssimo elenco palmeirense, o mais farto e custoso do continente, passará o segundo ano consecutivo chupando o dedo. E em uma temporada em que o maior rival, numa pindaíba desgraçada, ainda tirou onda e deu a volta olímpica dentro do seu campo no Campeonato Paulista...
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!