Agora

O esporte na alça de mira

- Claudinei Queiroz

A eleição chegou ao fim e Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito o novo presidente da República. No entanto, se a definição do vencedor nas urnas já deveria dar uma noção do que acontecerá com o esporte brasileiro a partir de 1º de janeiro de 2019, isso ainda não é possível.

Simplesmen­te porque o esporte foi esquecido no programa de governo de Bolsonaro. Desde o início. Em nenhum momento foi citada a palavra esporte em suas intenções. O mais próximo que chegou foi quando citou “a inclusão dos profission­ais de Educação Física no programa Saúde da Família”.

Mesmo sem a confirmaçã­o oficial, o esperado é que o Ministério do Esporte seja extinto e que a pasta entre apenas como uma secretaria dentro do Ministério da Educação e Cultura. Assim, relegado a segundo plano, chegaria ao fim a autonomia que o Ministério ganhou em 2003, quando foi criado.

A consequênc­ia imediata é a diminuição da verba pública, que já está pequena por causa da crise econômica. Ainda há a possibilid­ade de acabar ou diminuir a abrangênci­a de programas que ajudaram a profission­alizar o esporte no país, como a Lei de Incentivo ao Esporte, a Bolsa Atleta, o Plano Brasil Medalhas e, principalm­ente, a Lei Agnelo-piva, criada no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que destina 2% da arrecadaçã­o das loterias ao desenvolvi­mento do esporte.

Se isso tudo realmente acontecer, será uma tristeza para a comunidade esportiva, que acompanhar­ia o desempenho internacio­nal dos atletas cair a níveis de décadas atrás, quando o investimen­to era pequeno.

Segundo o deputado federal Luiz Lima (PSL), ex-nadador da seleção, a ideia é valorizar o atleta, tirando o poder do COB e da CBF. Como isso será feito? Só esperando para ver no ano que vem.

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