Agora

Cobradora vai ter de madrugar ainda mais

- (FSP)

Rosa Maria de Oliveira, 71 anos, acorda quando muita gente ainda está no meio do sono. Cobradora de ônibus há 29 anos, ela sai de casa às 4h10 para pegar o transporte e chegar à garagem da empresa onde trabalha às 5h20.

Até o ponto de embarque, são dez minutos caminhando sozinha pelas ruas da Casa Verde (zona norte) no escuro da madrugada. Com o horário de verão, a rotina ficará pior pela inseguranç­a de amanhecer mais tarde e pela dificuldad­e para se adaptar.

“Não gosto de horário de verão. Tem que acordar mais cedo, demora para acostumar, quando está acostumand­o, muda de novo”, diz.

Ela não está sozinha. “A coisa mudou, as pessoas [mudaram], o horário de pico de consumo mudou, então, aquela vantagem que tinha não existe mais”, diz o funcionári­o público Carlos Augusto Abreu Soares, 49 anos, que tem uma página no Facebook com 13,5 mil pessoas pedindo o fim do horário de verão.

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