Delegados acusam ministro de fazer política com Marielle
Rio de Janeiro O Sindepolrj (Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro) e a Adepol-rj (Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro) divulgaram ontem nota pública em que lamentam “com veemência as declarações e nova tentativa do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, de capitalizar dividendos políticos em cima da investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e de Anderson Pedro Gomes”.
Jungmann informou anteontem que a Polícia Federal vai investigar suspeitas de que uma organização criminosa estaria atuando com o objetivo de atrapalhar as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). A investigação foi um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, com base em dois novos depoimentos de testemunhas do caso. Os depoimentos foram tomados há um mês.
O sindicato diz que a mudança foi tomada com base em “denúncia formulada por um miliciano homicida desacompanhada de qualquer outro elemento de prova” e que “ataca a própria Delegacia de Homicídios responsável por sua prisão.”
“Os signatários sabem que apenas cumprimos determinação legal expressa da PGR [Procuradoria-geral da República] ao acionarmos a PF. Do contrário, estaríamos sujeitos a processo judicial‘, afirmou Jungmann.