Gasto com saúde pressiona o orçamento das famílias
Em São Paulo, itens como plano de saúde chegam a custar mais do que o dobro da inflação, mostra IBGE
Os gastos das famílias paulistas com saúde estão pressionando o bolso e apertando o orçamento, segundo dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é a prévia da inflação oficial do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 5,20% no estado e em 4,53% no país. No entanto, em São Paulo, itens como convênio médico custaram o dobro do preço no mesmo período e fecharam os 12 meses com um aumento de 11,84%.
Os custos médicos e hospitalares têm sido motivo de grandes discussões no setor de planos de saúde, que reclama da pressão dos valores. Segundo a variação medida pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), em 12 meses até março deste ano, o índice de custo médico-hospitalar chegou a 16,9%, pressionado, principalmente, por despesas com internação e terapias.
Remédios
Os medicamentos também têm amargado fortes altas, que já eram previstas por especialistas com a disparada do dólar no país. O motivo é que muitos medicamentos são importados e, com a moeda norte-americana em alta, custam bem mais para o consumidor. Além disso, mesmo os itens que não são importados têm componentes cotados em dólar.
No estado, remédios contra gripe e tosse subiram 4,67% e os hormônios tiveram alta de 3,83% em 12 meses.