Governo nomeia 28 homens de Bolsonaro para transição
Grupos de trabalho dão indicativos sobre reforma ministerial; presidente eleito viaja para Brasília
O presidente Michel Temer nomeou ontem uma equipe de 28 nomes indicados pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para compor o gabinete de transição de governo.
A lista dos indicados, todos homens, que receberão salários entre R$ 2.585 e R$ 16.215, foi publicada em edição extra ontem do Diário Oficial da União.
Do total, cinco foram designados sem remuneração.
Além do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que irá coordenar o grupo, foram nomeados os futuros ministros Marcos Pontes (Ciência), Augusto Heleno (Defesa) e Paulo Guedes (Fazenda). Para a equipe econômica, foram indicados os pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) Adolfo Sachsida e Alexandre Iwata, o tributarista Marcos Cintra, os professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Abraham e Arthur Weintraub, entre outros.
Para amanhã, está marcado o primeiro encontro entre Bolsonaro e Temer, que deve ser realizado no Palácio do Planalto. Na reunião, o presidente entregará uma cartilha sobre os resultados de sua gestão e deve defender ao militar a votação de uma reforma previdenciária ainda neste ano, apesar da resistência do Congresso.
No período da transição, Bolsonaro deve permanecer, enquanto estiver em Brasília, na Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República, que passou por reforma para recebê-lo.
Por uma questão de segurança, Temer também cedeu um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para que Bolsonaro se desloque até assumir em 1º de janeiro.
A equipe de Bolsonaro também definiu a criação de dez grupos de trabalho que vão conduzir a transição do governo. O desenho é um indicativo da estrutura ministerial da próxima gestão (leia mais na arte ao lado).
São eles: Desenvolvimento Regional; Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações; Modernização do Estado; Economia e Comércio Exterior; Educação, Cultura e Esportes; Justiça, Segurança e Combate à Corrupção; Defesa; Infraestrutura; Produção Sustentável, Agricultura e Meio Ambiente; Saúde e Assistência Social.
Os grupos foram anunciados por Onyx Lorenzoni, nomeado ministro extraordinário e futuro chefe da Casa Civil, após a primeira reunião da equipe, em Brasília.
Participaram também do encontro técnicos dois futuros ministros de Bolsonaro: Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e general Augusto Heleno (Defesa).