Chapelaria de sucesso
O Palmeiras subiu de patamar no mercado da bola quando conseguiu, no início de 2015, superar a concorrência dos arquirrivais Corinthians e São Paulo e contratar o atacante Dudu. Foi um chapéu e tanto, afinal o alviverde escapou por um triz do terceiro rebaixamento à Série B, justamente na euforia da volta ao Palestra Itália.
Houve, porém, uma certa desconfiança. Dudu cresceu no Cruzeiro, teve uma rápida passagem pelo Coritiba, depois foi para o Dinamo de Kiev, na Ucrânia, retornou ao país para defender o Grêmio, mas nunca foi um grande protagonista. Só que o investimento (R$ 19 milhões), somado a darlhe a camisa 7, idolatrada por causa do “Animal” Edmundo, transformou o atacante na grande estrela da companhia.
Com 1,66 m, aguerrido, provocador, um histórico de confusões e faro de artilheiro, logo Dudu foi comparado a Edmundo. Como para ser ídolo a chave são os títulos, o jogador foi decisivo na conquista da Copa do Brasil, que o digam os dois gols na final contra o Santos.
No ano seguinte, o jogador recebeu de Cuca a faixa de capitão e levantou a taça, que encerrou o jejum de 22 anos sem o Palmeiras conquistar o Brasileiro. Em 2017, o seu talento não foi o suficiente para mais um título.
Desgastado e com propostas milionárias, Dudu estava disposto a ir embora. Ficou, mas contrariado. A volta de Felipão lhe foi extremamente benéfica. O treinador, que o recuperou no Grêmio, repetiu a dose. Ao chorar em campo, após a eliminação para o Boca Juniors, na semifinal da Libertadores, Dudu sintetizou a dor dos palmeirenses. Mas nada como um dia após o outro. O décimo título brasileiro está a caminho do Palestra Itália. Junto à taça, o camisa 7 tem tudo para ser eleito o craque da competição.