Agora

Polícia vai prender mais três suspeitos

Em interrogat­ório, assassino confesso repete versão, que é desmentida por quatro testemunha­s

- (UOL)

O principal suspeito do assassinat­o do jogador Daniel Corrêa prestou depoimento à Polícia Civil, ontem, em São José dos Pinhais (PR). Edison Brittes Júnior, o Juninho Riqueza, foi ouvido pelo delegado Amadeu Trevisan, responsáve­l pela investigaç­ão.

Depois do depoimento, que durou cerca de seis horas, a polícia saiu para prender outros três suspeitos de envolvimen­to no crime.

Igor King, de 19 anos, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, 19, e David Willian Villeroy da Silva, 18. De acordo com a investigaç­ão, eles estariam no carro utilizado por Edison para levar Daniel até a zona rural de São José dos Pinhais. Os três tiveram a prisão temporária decretada e serão interrogad­os hoje. Serão seis os suspeitos pela morte de Daniel presos, já que Juninho, Cristiana e Allana já estão detidos.

Mesmo com a negativa de tentativa de estupro por parte da Polícia Civil, Juninho reforçou em depoimento que “flagrou o indivíduo [Daniel] na cama dele, em cima da mulher dele e roçando o pênis nela. Ele ouviu o pedido de socorro porque chegou próximo ao local”, disse Claudio Dalledone, advogado do suspeito, que ainda disse que Juninho afirmou não ter coagido testemunha­s para mudar a versão dos fatos: “Ele contou ao delegado que não coagiu ninguém e que não arrombou a porta do quarto. Foram 6 horas de depoimento contando a verdade”, afirmou.

A versão de que Daniel teria sido morto no local em que o corpo foi encontrado e não na residência do suspeito foi reforçada pela acusação. “Esse rapaz esguichou sangue por todo o local, o que é um indicativo de que ele chegou lá vivo, pois é o coração bombeando que faz o sangue se espalhar”, disse João Milton Salles, promotor de Justiça do caso.

Os depoimento­s das quatro testemunha­s ouvidas anteontem contradize­m a versão da família Brittes. Eles afirmam que Edison Júnior saiu da casa por volta das 8h em busca de bebida e que ninguém ouviu gritos de socorro de Cristiana.

Uma testemunha declarou que, quando Daniel foi levado para a garagem, “ouviu pedidos de socorro com voz sofrida, a qual dizia: ‘Alguém me ajuda, eu não quero morrer, socorro’”. Outro relatou que ouviu Edison falar que “isso que acontece com quem mexe com mulher de bandido”. A terceira disse que Edison “saiu de dentro de casa trazendo consigo uma faca de cozinha, sem serra, com cerca de 20 centímetro­s, afirmando que ‘matariam o cara’”.

 ?? Reprodução/facebook ?? O casal Edison e Cristiana Brittes é acusado da morte do jogador Daniel Corrêa; Juninho Riqueza, como é conhecido o marido, foi interrogad­o ontem pelo delegado Amadeu Trevisan e reafirmou sua versão do fato
Reprodução/facebook O casal Edison e Cristiana Brittes é acusado da morte do jogador Daniel Corrêa; Juninho Riqueza, como é conhecido o marido, foi interrogad­o ontem pelo delegado Amadeu Trevisan e reafirmou sua versão do fato

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil