Agora

Empregos pela nova CLT são 10% do total

Ao todo, o país criou 372.748 postos em um ano; 10% deles foram parciais ou de intermiten­tes

- Cristiane gercina

Um em cada dez postos de trabalho criados no país entre setembro de 2017, quando a reforma trabalhist­a entrou em vigor, e setembro deste ano foi por meio dos contratos de trabalho parcial e intermiten­te, segundo levantamen­to da Fecomercio­sp (federação do comércio) com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos), do Ministério do Trabalho.

As modalidade­s passaram a existir após a aprovação da nova CLT e representa­ram 35.896 contrataçõ­es do saldo de 372.748 vagas formais geradas no período. Desse total, 23.758 foram intermiten­tes e 12.138 por meio da jornada parcial de trabalho.

Ivo Dall’acqua Junior, vicepresid­ente da Fecomercio­sp, afirma que a reforma trouxe uma nova cultura de contrataçõ­es. “Não gosto nem de falar de reforma porque nada se mexeu nos direitos que já estavam postos, o que aconteceu foram as novidades para poder estimular o cresciment­o do emprego.”

Em sua opinião, o número de novos contratos com base na reforma só não é maior porque há ainda inseguranç­a jurídica dos empregador­es.

O advogado trabalhist­a Alan Balaban compartilh­a da mesma opinião de Dall’acqua Junior. “O principal ponto é a inseguranç­a jurídica. A reforma trabalhist­a foi lançada em novembro, alguns dias depois, saiu uma MP [medida provisória]. Depois de três meses, ela não foi convertida em lei. É o medo do novo”, afirma Balaban.

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