Empregos pela nova CLT são 10% do total
Ao todo, o país criou 372.748 postos em um ano; 10% deles foram parciais ou de intermitentes
Um em cada dez postos de trabalho criados no país entre setembro de 2017, quando a reforma trabalhista entrou em vigor, e setembro deste ano foi por meio dos contratos de trabalho parcial e intermitente, segundo levantamento da Fecomerciosp (federação do comércio) com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
As modalidades passaram a existir após a aprovação da nova CLT e representaram 35.896 contratações do saldo de 372.748 vagas formais geradas no período. Desse total, 23.758 foram intermitentes e 12.138 por meio da jornada parcial de trabalho.
Ivo Dall’acqua Junior, vicepresidente da Fecomerciosp, afirma que a reforma trouxe uma nova cultura de contratações. “Não gosto nem de falar de reforma porque nada se mexeu nos direitos que já estavam postos, o que aconteceu foram as novidades para poder estimular o crescimento do emprego.”
Em sua opinião, o número de novos contratos com base na reforma só não é maior porque há ainda insegurança jurídica dos empregadores.
O advogado trabalhista Alan Balaban compartilha da mesma opinião de Dall’acqua Junior. “O principal ponto é a insegurança jurídica. A reforma trabalhista foi lançada em novembro, alguns dias depois, saiu uma MP [medida provisória]. Depois de três meses, ela não foi convertida em lei. É o medo do novo”, afirma Balaban.