Desfalques preocupam treinador
Falta de sintonia com cúpula pode definir saída. Técnico mira Libertadores a fim de despistar situação
A temporada de 2019 ainda não faz parte dos planos do técnico Cuca. Pelo menos no que diz respeito a seguir no comando do Peixe.
Enquanto a expectativa da diretoria e dos torcedores é saber se o treinador vai continuar, o comandante saiu pela tangente e colocou o foco na disputa da Libertadores do ano que vem.
Cuca não quis bancar sua permanência, e muito dessa indefinição tem a ver com a falta de sintonia com o comando do clube.
Desde que retornou ao Santos, quando tirou o time da zona de rebaixamento, ele já teve uma série de desentendimentos com o presidente José Carlos Peres.
Nesta semana, o mandatário santista teve uma reunião com o treinador, onde foi reforçado o desejo de sua permanência.
“Mais do que tudo, planificamos 2018. Não podemos pensar em 2019 sem saber o que disputaremos. Está sendo pensado o futuro, mas o mais importante é o presente”, afirmou Cuca.
O técnico também evitou falar numa possível vinda de reforços para o ano que vem.
“Não adianta falar de trazer fulano e esquecer nosso momento no Brasileiro.”
Ele, inclusive, ensaiou uma projeção de classificação para as seis rodadas que restam do campeonato.
“Geralmente, com 56 ou 57 pontos. E com os adversários no cálculo do que farão, teremos mais ideia. Se fizermos 11 dos 18, acabamos em sexto. De 46 para 57, ficamos em sexto”, comentou.
“Mais do que trazer [reforços], o importante é a permanência (de atletas). Tão ou mais importante do que tudo neste momento”, completou o comandante do Alvinegro Praiano.
O técnico Cuca lamentou o fato de perder mais de meio time para o confronto contra a Chapecoense, marcado para segunda-feira.
Ele não vai poder contar com Lucas Veríssimo e Luiz Felipe, machucados, Victor Ferraz, Gabigol e Diego Pituca, suspensos, além de Robson Bambu, que terá seu vínculo encerrado. Para piorar, Rodrygo, gripado, também deve ficar fora do duelo no Pacaembu.