Ex-ministro de Dilma Rousseff vai comandar o BNDES
Joaquim Levy foi ministro da Fazenda durante o primeiro ano do segundo mandato da petista
O ex-ministro Joaquim Levy assumirá o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na gestão de Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada ontem pela assessoria de imprensa de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.
Levy foi ministro da Fazenda de Dilma Rousseff no primeiro ano do segundo mandato da presidente e acabou afastado após a tentativa frustrada de fazer um ajuste nas contas públicas.
Ontem, o executivo se despediu de colegas do Banco Mundial, onde ocupava o cargo de diretor financeiro. Ele deve se incorporar à equipe de transição.
Assim como Paulo Guedes, Levy é doutor pela Universidade de Chicago, no EUA, berço de liberais.
A escolha de Levy para o cargo foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo anteontem. Outros cotados para integrar a equipe econômica de Bolsonaro que foram ventilados são Ivan Monteiro, presidente da Petrobras, e Mansueto Almeida, secretário do Tesouro. A sua permanência nos respectivos cargos, contudo, não foi confirmada até o momento.
Ana Paula Vescovi, atual secretária-executiva do Ministério da Fazenda, ficaria com a presidência da Caixa Econômica Federal. Mas também não foi confirmada.
No BNDES, Levy terá como missão atuar em três eixos. No primeiro, o de logística e infraestrutura, deverá auxiliar o trabalho do PPI (Programa de Parceria e Investimentos), que ficará a cargo dos generais. O segundo é o de estruturador e viabilizador de privatizações, uma das principais bandeiras de Guedes para a economia.
O terceiro é o eixo da inovação e das novas tecnologias. Não apenas para atender novas empresas (startups) mas também as que já estão no mercado e precisam de dinheiro para inovar.