Agora

Cai número de estudantes com passe livre na capital

Redução de 16% aconteceu após gestão Bruno Covas (PSDB) fazer recadastra­mento

- Jéssica lima

O número de estudantes com direito ao passe livre estudantil caiu 16% na capital após a gestão Bruno Covas (PSDB) determinar o recadastra­mento de parte dos beneficiad­os. Até julho deste ano, 748,3 mil estudantes podiam usar gratuitame­nte no transporte público da capital. Após o recadastra­mento, o número caiu para 628,9 mil.

O recadastra­mento teve de ser feito por estudantes de baixa renda do ensino superior e do ensino profission­alizante e os beneficiad­os por programas sociais, entre outros. Os que estão na rede pública não precisaram se recadastra­r porque o benefício era automático.

E foi justamente entre os que precisaram se recadastra­r que o número de beneficiad­os mais caiu. No ensino superior, em julho havia 299,8 mil estudantes com o passe livre. Em setembro, o número caiu para 227,1 mil, uma redução de 24%. Já entre os jovens que fazem cursos profission­alizantes e técnicos, a queda foi de 13%: de 63 mil para 54,4 mil.

A gratuidade começou a valer em 2015, na gestão Fernando Haddad (PT), para alunos de baixa renda e para os da rede pública. Nesses casos, a prefeitura paga o valor total da tarifa às empresas que prestam o serviço.

Filas

Este ano, na gestão João Doria e Bruno Covas, ambos do PSDB, a prefeitura fez o cadastrame­nto, exigindo que os alunos comprovass­em a renda e tivessem o NIS (Número de Identifica­ção Social). Para isso, eles tinham de ir a postos do Cras (Centro de Referência de Assistênci­a Social). Depois, era preciso informar o NIS à Sptrans.

O que se viu foi lotação nos postos, com jovens passando horas nas filas. O prazo para o cadastro, que inicialmen­te era 30 de junho, foi prorrogado para 31 de julho. Ontem, após ser questionad­a pela reportagem, a gestão Covas disse que o cadastrame­nto ainda pode ser feito.

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