Cai número de estudantes com passe livre na capital
Redução de 16% aconteceu após gestão Bruno Covas (PSDB) fazer recadastramento
O número de estudantes com direito ao passe livre estudantil caiu 16% na capital após a gestão Bruno Covas (PSDB) determinar o recadastramento de parte dos beneficiados. Até julho deste ano, 748,3 mil estudantes podiam usar gratuitamente no transporte público da capital. Após o recadastramento, o número caiu para 628,9 mil.
O recadastramento teve de ser feito por estudantes de baixa renda do ensino superior e do ensino profissionalizante e os beneficiados por programas sociais, entre outros. Os que estão na rede pública não precisaram se recadastrar porque o benefício era automático.
E foi justamente entre os que precisaram se recadastrar que o número de beneficiados mais caiu. No ensino superior, em julho havia 299,8 mil estudantes com o passe livre. Em setembro, o número caiu para 227,1 mil, uma redução de 24%. Já entre os jovens que fazem cursos profissionalizantes e técnicos, a queda foi de 13%: de 63 mil para 54,4 mil.
A gratuidade começou a valer em 2015, na gestão Fernando Haddad (PT), para alunos de baixa renda e para os da rede pública. Nesses casos, a prefeitura paga o valor total da tarifa às empresas que prestam o serviço.
Filas
Este ano, na gestão João Doria e Bruno Covas, ambos do PSDB, a prefeitura fez o cadastramento, exigindo que os alunos comprovassem a renda e tivessem o NIS (Número de Identificação Social). Para isso, eles tinham de ir a postos do Cras (Centro de Referência de Assistência Social). Depois, era preciso informar o NIS à Sptrans.
O que se viu foi lotação nos postos, com jovens passando horas nas filas. O prazo para o cadastro, que inicialmente era 30 de junho, foi prorrogado para 31 de julho. Ontem, após ser questionada pela reportagem, a gestão Covas disse que o cadastramento ainda pode ser feito.