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Doria ignora promessa e põe general na Segurança Pública

Governador eleito falava em colocar um policial no comando, mas mudou de ideia para evitar mal-estar

- Artur rodrigues (FSP)

O governador eleito João Doria (PSDB) anunciou ontem o general da reserva João Camilo Pires de Campos para comandar a Secretaria da Segurança Pública do estado de São Paulo. Campos, 64 anos, foi um dos responsáve­is pela área de segurança do programa de governo de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidênci­a da República.

Essa será a primeira vez que um nome do Exército comanda a Secretaria da Segurança Pública em São Paulo desde 1979, quando Erasmo Dias foi titular da pasta.

Ao anunciar o general, o tucano descumpre promessa de campanha de colocar um policial à frente da pasta. “Nós melhoramos, evoluímos nossa ideia e melhoramos ao ter um general à frente da Secretaria da Segurança Pública”, disse o tucano. “Nós teremos um secretário executivo da Polícia Militar e uma secretaria executiva com um policial civil.”

Doria foi aconselhad­o por auxiliares a recuar dessa promessa, para evitar um mal-estar. Se escolhesse um policial civil, irritaria os policiais militares. Se escolhesse um policial militar, traria desconfort­o para os civis.

O governador eleito adotou um discurso mais moderado do que em sua campanha, quando disse que a polícia iria atirar para matar. “Óbvio que a primeira ação da polícia não será matar, será na inteligênc­ia. A orientação é que se ele ainda assim reagir armado é que ele vá deitado para o cemitério.”

O general Campos adotou um tom cauteloso. “É um tema que tem profunda relevância e merece ser estudado com muito carinho. Bandido tem no mundo todo, agora bandido armado de fuzil constituin­do ameaça só aqui”, afirmou.

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