Bolsonaro recua sobre Ministério do Trabalho
O presidente eleito disse ontem que vai incorporar a pasta a alguma outra, sem acabar com o status
Em novo recuo sobre a estrutura de seu governo, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse que manterá o Trabalho com status de ministério. “O Ministério do Trabalho vai continuar com status de ministério, não vai ser secretaria. Vai ser ministério ‘disso, disso e do Trabalho’, como [é hoje o] Ministério da Indústria e Comércio”, disse ontem.
A declaração foi feita durante visita do presidente eleito ao STM (Superior Tribunal Militar), logo após Bolsonaro se encontrar com o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro João Batista Pereira Brito.
A mudança ocorre menos de uma semana depois de ele ter dito, em Brasília, que extinguiria a pasta. Segundo Bolsonaro, o assunto ainda está em estudo e não há definição com qual ministério ele fundirá o do Trabalho. “A ordem dos fatores não altera o produto. Para o bom matemático é isso aí”, disse.
“Está em estudo final com Onyx Lorenzoni. A princípio é um enxugamento de ministério. Ninguém está menosprezado o Ministério do Trabalho. Está apenas sendo absorvido por outra pasta”, afirmou Bolsonaro.
O presidente eleito não especificou com qual estrutura haverá a fusão, mas excluiu a possibilidade de que seja com Economia. “Indústria e Comércio já está com o superministério do Paulo Guedes. Colocar mais isso lá fica um pouco pesado”, disse.
No dia 7, Bolsonaro afirmou que o Ministério do Trabalho seria incorporada a outro. “O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério”, disse.
O presidente eleito prometeu ainda cortar cargos comissionados em seu governo. “Não posso falar o percentual. No mínimo aí 30%. Eu fui deputado por 30 anos com comissionados do meu lado. Eles são importantes. Eu concordo que há um exagero no número de comissionados”, afirmou. Sobre o aumento de salário do Judiciário, disse que o presidente Michel Temer é responsável e que ele não precisa fazer apelo sobre a medida.