Cotado para Saúde é investigado
Cotado para assumir o Ministério da Saúde na gestão de Jair Bolsonaro, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) é investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de informatização da saúde em Campo Grande (MS), onde foi secretário.
A suspeita é de que ele tenha influenciado na contratação de empresas para o serviço, conhecido como Gisa (Gestão de Informação da Saúde), em troca de favores em campanha eleitoral.
O caso envolveria uma plataforma que é também bandeira de Bolsonaro para a pasta, missão que o presidente eleito já avisou que ficará sob responsabilidade de Mandetta se esse for escolhido para chefiar a Saúde.
Ao longo das investigações, o parlamentar teve seu sigilo bancário quebrado. Em uma ação civil pública, na qual também é alvo, a Justiça do Mato Grosso do Sul mandou bloquear um valor total de R$ 16 milhões de bens dele e dos demais envolvidos.
Na parte cível, o político é acusado, junto com outros ex-gestores, de improbidade administrativa, por ter supostamente autorizado pagamentos para as companhias sem que a plataforma tenha sido de fato implementada.
Planejado em 2008, o sistema seria responsável por realizar agendamentos na rede de saúde e por implementar o serviço de prontuário eletrônico, que integra dados de atendimentos prestados aos pacientes.
O político também teria feito viagens de avião enquanto era candidato, mas não as declarou em sua prestação de contas.