Agora

Jardine alfineta

Treinador enaltece o elenco são-paulino, vê condições de a equipe jogar mais e expõe Diego Aguirre

- Luís andré rosa

Treinador interino fala grosso e diz que há condições de melhorar o São Paulo em pouco tempo

André Jardine, de 39 anos, tem cinco apresentaç­ões para fazer o São Paulo terminar o Brasileirã­o ao menos na quarta colocação, o que dá direito a disputar a fase de grupos da Libertador­es-19.

Com discurso mais parecido com o de um professor universitá­rio do que de um treinador de futebol, implantaçã­o de novos conceitos no treino, com direito a mudar a marcação de campo, e mesclando a equipe com crias da base e medalhões, o interino vê condições de arrumar a casa bagunçada.

O efeito de tudo isso tem que ser imediato, afinal, amanhã, no Morumbi, a partida é uma espécie de decisão. O adversário será o Grêmio, que aproveitou o empate dos são-paulinos e assumiu a quarta colocação.

Os oponentes estão empatados com 58 pontos, mas o visitante leva vantagem no critério de desempate número de vitórias (16 a 15).

Pela entrevista que deu à TV São Paulo, Jardine entende que o material humano à sua disposição é capaz de cumprir a missão de terminar o torneio no G-4. Nesse discurso, ele deu a entender que o seu antecessor, Diego Aguirre, não soube manter o elenco com um padrão de jogo mais competitiv­o.

“Tenho convicção de que o São Paulo tem elenco e peças para jogar melhor e jogar o jogo que gosto e acredito”, analisou o treinador, que, porém, fez ponderaçõe­s sobre o curto espaço de tempo.

“A questão é em quanto tempo vamos conseguir. A meta é evoluir jogo a jogo e conseguir fazer sempre um jogo melhor do que o outro. Mas acredito que muita coisa vamos conseguir evoluir e melhorar, sim”, afirmou.

Peito aberto

Esse posicionam­ento reflete o pensamento do diretor executivo de futebol, Raí, que encabeçou a decisão de demitir o uruguaio que, nos últimos nove jogos, só fez a torcida festejar uma vitória.

Confiante que deixará uma boa impressão, Jardine, além de mudar taticament­e a equipe, vai apelar para o bom e velho papo para levantar o astral do elenco.

“É um trabalho minucioso de análise, reflexão e muita conversa interna, de procurar enfrentar todos os problemas que estamos tendo de frente e peito aberto. Sem medo. Passar a vender uma ideia para os jogadores de que temos condição de fazer melhor, jogar melhor e ter um desempenho melhor do que vem tendo, para que os resultados também sejam melhores”, disse Jardine.

 ?? Robson Ventura - 12.nov.18/folhapress ?? O técnico interino André Jardine usa estratégia­s motivacion­ais para mudar o astral do São Paulo e fazer o time entrar nos eixos nesta reta final do Brasileirã­o
Robson Ventura - 12.nov.18/folhapress O técnico interino André Jardine usa estratégia­s motivacion­ais para mudar o astral do São Paulo e fazer o time entrar nos eixos nesta reta final do Brasileirã­o

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