Mais do mesmo
Decepcionante a coletiva de Raí anteontem. A demissão de Aguirre mostrou que, na prática, a teoria é diferente. O craque, que somava boas experiências após sair dos gramados, como a Fundação Gol de Letra, não conseguiu até agora sair da vala comum dos cartolas brasileiros. Suas declarações mostraram que, infelizmente, ele ainda é mais do mesmo.
Justiça seja feita, o problema do São Paulo não começou em 2018. Há muitos reflexos dos erros da gestão Leco num todo. Porém, ao assumir o futebol tricolor em dezembro de 2017, Raí trouxe consigo uma esperança de fim dos velhos hábitos. Mas não parece que há algo novo acontecendo.
Dois fatores expuseram problemas da gestão Raí: o elenco fraco, apesar do alto investimento, e a má gestão do próprio plantel. O time, que terminou o primeiro turno líder, não teve peças de reposição. O desempenho caiu vertiginosamente. Resultado: a 13ª campanha do returno. Nesta situação, a diretiva, que ainda conta com Lugano e Ricardo Rocha, não soube contornar o convulsivo ambiente do vestiário, que visivelmente descambou.
Vale lembrar que o São Paulo foi uma das equipes que mais investiram na competição. Foram 13 contratações. Um investimento em torno de R$ 46 milhões. Algumas das contratações foram: Everton (R$ 15 milhões), Diego Souza (R$ 10 milhões), Jean (R$ 6,3 milhões) e Tréllez (R$ 6 milhões).
O elenco não respondeu. O vestiário ferveu. A solução foi a de sempre: demitir o técnico. A experiência de campo dos novos cartolas não ajudou a contornar os problemas de uma maneira diferente. Se, por acaso, apostarem em Jardine para 2019, que seja por convicção de um projeto. Se for na base da esperança que ele se torne um novo Carille... Esta sorte apenas Roberto de Andrade teve no comando do Timão.