Petista diz que prisão era troféu que operação precisava entregar
Durante o interrogatório de ontem na Justiça Federal de Curitiba, o ex-presidente Lula afirmou que sua prisão era “um troféu” na Operação Lava Jato. “Só não sei para quem”, declarou.
“Eu era um troféu que a Lava Jato precisava entregar. Não sei por que que não gostam de mim, mas era um troféu que precisava entregar. Eu via pela imprensa vários jornalistas dizendo que se não entregar o Lula não vale, se o Lula não for preso, não vale”, afirmou o petista.
Ao contrário de audiências passadas (este é o terceiro interrogatório de Lula na Justiça Federal do Paraná), o esquema de segurança foi reduzido, e apenas a praça em frente ao prédio foi interditada. Cerca de 150 manifestantes em apoio a Lula se concentraram no local, e não houve confrontos.
Aliados aproveitaram a ocasião para criticar a juíza Gabriela Hardt, que irá conduzir os processos da Lava Jato até a escolha de um novo juiz titular com a ida de Sergio Moro para o futuro Ministério da Justiça.
“O chefe dela é ele [Moro]”, afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
“Não tem nenhuma diferença. É amiga dele [de Moro]”, disse a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT. “Ele tirou férias para que a juíza substituta pudesse continuar o julgamento e seguisse o seu roteiro, que é condenar Lula.”