Alô, seleção brasileira, só se fala em outra coisa...
Ela chega com seu andar cansado, desajeitado, querendo saber se alguém a procurou, a turma logo responde, ela fica empolgada é: sabe quem perguntou por você? Sabe quem perguntou por você? Sabe quem perguntou por você? Ninguém... Alô, povão, agora é fé! Sexta-feira, entre dois feriados e as respectivas emendas, no esquenta para o final de semana, tem Brasil x Uruguai. O amistoso, que será em Londres, cidade-sede tradicional da seleção brasileira, não serve para nada. Tanto que a rapaziada tem se esforçado para dizer que a pelada valerá para preparar o time para a Copa América, que, todos sabem, também não tem qualquer apelo.
Exagero do colunista? Então, bacana verde-amarelo, carocinho patriota, quantas pessoas você conhece que se preparou, agendou, marcou churrasco ou simplesmente reservou o horário entre as 18h e as 20h (horário da ZL) para assistir ao clássico sul-americano? Trabalho com futebol, convivo com amigos que amam e têm na bola o seu hobby e, repito, não conheço ninguém, insisto, nenhuma alma, que esteja ansiosa pelo confronto.
Resumo da ópera: seleção brasileira interessa (muito) na Copa do Mundo! Até lá, cabe ao treinador, que já foi unanimidade, preparar o time para o Qatar-2022 e tentar recuperar a autoestima do grupo e o carinho da torcida, perdidos com a decepcionante participação na Copa da Rússia.
E isso, definitivamente, não será conquistado jogando em Londres, dando a faixa de capitão ao mimado Neymar (que não tem o menor perfil para a função), muito menos com o calendário brasileiro não respeitando data Fifa e, pois, com a seleça tendo a concorrência e desfalcando os clubes... Acorda, Brasil! Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!