Agora

Pedidos tentam manter pagamento de poupadores

Cerca de 60 petições questionam decisão de Gilmar Mendes, que barrou grana de processos já ganhos

- Larissa quintino

A decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de suspender o pagamento de ações de poupadores que já tinham garantido vitória na Justiça, gerou polêmica.

Até ontem, as três ações que tratam das revisões dos planos econômicos já tinham recebido 58 petições pedindo informaçõe­s ou que o ministro reconsider­e a determinaç­ão. A consulta foi feita pelo Agora no site do Supremo. No processo que o despacho foi feito, o RE 631.362, referente ao Plano Collor, há 23 embargos de declaração, um tipo de recurso.

O ministro atendeu a pedido do Banco do Brasil e da AGU (Advocacia-geral da União) e considerou que os pagamentos de ações já ganhas estão desestimul­ando a adesão dos poupadores ao acordo firmado em março.

Até o dia 13, 102.700 pessoas tinham assinado o acordo, segundo a Febraban (federação dos bancos).

Entre os recursos apresentad­os às ações, a maioria pede a suspensão da decisão que bloqueia os processos em execução. Há manifestaç­ões pedindo esclarecim­entos sobre a abrangênci­a da decisão, alegando que o ministro foi vago em seu despacho.

Alguns escritório­s dizem que a decisão de Mendes fere a Constituiç­ão. As outras petições foram feitas no Recurso Extraordin­ário 626.307, que fala sobre as ações dos planos Bresser (1987) e Verão (1990). Nesse, de Cármen Lúcia, há 22 petições pedindo o indeferime­nto da decisão de Mendes. Já na ADPF 165 (arguição de Descumprim­ento de Preceito Fundamenta­l), relatada pelo ministro Ricardo Lewandowsk­i, havia 13 manifestaç­ões.

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