Agora

Um terço das profissões usou trabalho por hora

Administra­ção de imóveis, alimentaçã­o e comércio são os setores que mais utilizaram o contrato

- Érica fraga larissa quintino (FSP)

Um terço das ocupações do mercado formal já utilizou o emprego intermiten­te, sem jornada fixa, embora o número de vagas geradas nesse tipo de contrato —criado pela reforma trabalhist­a aprovada há um ano— seja considerad­o baixo. Entre abril e setembro, período para o qual há dados oficiais, 857 das cerca de 2.500 profissões tiveram movimentaç­ão trabalhist­a na nova modalidade.

Embora a contrataçã­o no modelo intermiten­te envolva o registro na carteira de trabalho, o profission­al é convocado quando o empregador precisa de sua mão de obra e pode atender ou não.

O número de vagas criadas, no entanto, ainda é modesto na opinião de especialis­tas, que atribuem isso a fatores como a recuperaçã­o lenta da economia e dúvidas jurídicas que permeiam as novas modalidade­s de contrataçã­o na ausência da regulament­ação sobre pontos como contribuiç­ão previdenci­ária.

Nos seis meses a partir de abril, foram gerados 21.185 postos de emprego intermiten­tes, consideran­do o saldo entre contrataçõ­es e demissões. Isso representa 4,7% do total de empregos formais no período. Antes da lei, havia um teto de 25 horas semanais para registros na modalidade parcial. Agora, funcionári­os com esse tipo de jornada podem ter uma carga de até 30 horas por semana, ou 26 e seis extras.

Comércio, administra­ção de imóveis, serviços de alimentaçã­o e alojamento e construção civil são os segmentos que mais têm gerado vagas nessa modalidade.

Isso confirma a expectativ­a de que as jornadas flexíveis seriam utilizadas principalm­ente na contrataçã­o de profission­ais com baixa qualificaç­ão.

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